50 Anos do Ford Galaxie - O primeiros anos de 1967 a 1969



  Sou uma pessoa suspeita a falar dessa linha, confesso que é uma das minhas preferidas, senão a mais preferida. Acredito que nesse meio em que vivemos, todos os antigomobilistas acabam tendo uma linha predileta. Pois bem, acredito que essa seja a minha. Peço desculpas em dividir os textos, mas acredito que dessa maneira ficará melhor e não ficará muito cansativo, pois apresentam algumas informações que julguei que seria interessante compartilhar com vocês. Pois bem, vamos ao que interessa!!

  Durante o V Salão do Automóvel de São Paulo, no ano de 1966, o público pode conferir como seria o Ford Galaxie 500, que passaria a ser produzido no Brasil. Até o presente momento, os únicos Galaxies que circulavam pelo país, eram vindos através da importação dos Galaxies americanos. A história desse fantástico carro, inicia-se, em terras brasileiras, a partir do dia 16 de fevereiro de 1967, quando o primeiro Galaxie 500 saí da linha de montagem. Com um índice de nacionalização superior a 97%, marcou época por ser o primeiro automóvel de passeio produzido pela Ford no país.



  Com um imponente motor V8 Y Block, de 272 polegadas cúbicas, 164 cv a 4.400 rpm e câmbio 3 marchas na coluna, esse gigante de 5,33m de comprimento e 2,00m de largura, chegou a marca de 9.237 unidades produzidas no ano de 1967, sendo oferecido nas cores vermelho Marte, bege Terra, verde Netuno, azul Ágena, azul Infinito, branco Glacial, cinza Cósmico e preto Sideral, todas relacionadas ao seu nome em inglês Galaxie, que significa Galáxia; com interior disponíveis em quatro cores: azul, preto, vermelho e bege, totalizava 132 combinações possíveis. Tudo isso combinando com muitos cromados nos para-choques, grades dianteiras, dois pares de faróis dispostos na vertical, mira no capô com três leões dispostos na vertical, lanternas traseiras vermelhas de desenho quadrado, enfeitadas com um pequeno quadrado branco ao centro, e um tanque de 76 litros. Uma outra curiosidade, é que a terminação “500”, faz alusão às corridas de 500 milhas de Indianápolis, por isso do nome “Galaxie 500”.

  Já no ano de 1968, poucas mudanças puderam ser vistas. As principais mudanças ficaram a cargo do painel, que deixou de ter gomos retos e passou a ter gomos acolchoados, além de serem oferecidos nas cores preto Bali, bege Terra, vermelho Marte, cinza Cósmico, cinza Talismã, preto Sideral, azul Infinito, verde Netuno, branco Glacial e azul Ágena, e também do retrovisor esquerdo externo. Vale lembrar que o modelo de 1967 não apresentava nenhum retrovisor externo. Em 1968, foram produzidas 7.212 unidades.

  O ano de 1969 apresenta a primeira grande renovação na linha Galaxie, o surgimento do Galaxie LTD, de Limited, uma versão mais sofisticada com direito a teto de vinil, que permaneceu até o final da linha Galaxie. Foi nesse ano que o motor V8 de 292 polegadas cúbicas e 190 cv a 4.800 rpm foi incorporado à linha, além do ar condicionado opcional no Galaxie 500, e item de sério para o Galaxie LTD. Nesse ano, a grade dianteira sofreu uma significativa alteração, unificando o espaço divisório, retirada da mira. Em 1969, o Galaxie era encontrado nas cores branco Glacial, preto Bali, amarelo, vermelho Meteoro, azul Marambaia, amarelo claro, verde Majorca, cinza Talismã, vermelho Marte, azul Ágena, preto Sideral, bege Terra, ou nas cores metálicas azul Náutico, bege Monza, verde Caribe, cinza Prata e turquesa Mônaco. Uma curiosidade é que o Galaxie LTD foi o primeiro veículo nacional a oferecer transmissão automática, como item opcional. Somando as duas versões, foram produzidos 5.544 unidades.


  E, para finalizar, no próximo domingo, dia 03 de dezembro, o Galaxie Clube do Brasil promoverá a 13ª Galaxata 2017 - Edição Especial, comemorando o Jubileu de Ouro do Ford Galaxie. Para quem tiver disponibilidade em participar, será uma ótima oportunidade para apreciar diversos modelos, além de curtir a estrada com sua máquina.


  O texto de hoje termina por aqui, mas a história desse ícone automobilístico brasileiro ainda te muitos quilômetros pela frente, os quais iremos percorrer juntos nas próximas postagens, fique atento e se mantenha abastecido com essa e muitas outras informações em nosso blog.

TEXTO: André Aronchi Borges


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